Motorizada apos motor estar quente, acelera sozinha

Thiago Mateus

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Boa noite. Venho a algum tempo tendo este importuno problema com a minha motorizada. Apos liga-la e esquentar por aproximadamente 1 minuto e meio, saio normalmente com a motorizada, porem, quando paro ela começa a acelerar sozinha e depois desacelera mantendo a marcha lenta normalmente. Hoje desmontei o carburador para verificar se havia alguma sujeira ocasionando o problema, porem, o carburador estava perfeitamente limpo. Poderia ser algum problema relacionado a vela ou a parte eletrica da motorizada? Isso realmente incomoda quando preciso parar em um semaforo.

OBS: Quando o motor esta frio (Apos ligar) ela funciona normalmente mantendo a lenta sem acelerar.
 
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Nelson H

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Bem, acho que qdo vc pára, o motor "continua" acelerado, não é ? Mesmo, voltando o acelerador ela se mantém acelerada, não é ? Se for isso, pode ser um travamento no cabo ou no carburador. Solte o cabo do carburador e faça o teste individualmente, no acelerador e depois no carburador se nao tem nada travado.
Avalie o CDI também, pode ter algum problema com ele. O magneto......:cool:
 
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Thiago Mateus

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A Minha primeira suspeita foi o cabo do acelerador, porem, não era. Testei diversas vezes para ve se poderia ser isso mas não era. Vamos supor que eu esteja parando em um semaforo, assim que travo a manete da embreagem, o motor começa a subir o rpm por um tempo e logo ( geralmente fica uns 10/15 segundos acelerado) apos isso ele desacelera, assim, estabilizando em marcha lenta
 

Nelson H

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A Minha primeira suspeita foi o cabo do acelerador, porem, não era. Testei diversas vezes para ve se poderia ser isso mas não era. Vamos supor que eu esteja parando em um semaforo, assim que travo a manete da embreagem, o motor começa a subir o rpm por um tempo e logo ( geralmente fica uns 10/15 segundos acelerado) apos isso ele desacelera, assim, estabilizando em marcha lenta

Qdo vc aperta o manete da embreagem, vc tira a carga do motor e dá a impressão de aumentar a aceleração, mas acho que no carburador, está travado e aos poucos vai soltando. Com a dilatação, pode estar travando.
Vamos aguardar algum "master" nos ajudar com mais aconselhamentos.
 

Thiago Mateus

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é melhor esperar mesmo kkk. Mais ainda assim, fico em duvida do por que isso não acontecer quando ligo a motorizada, e sim apenas depois de alguns minutos andando.
 

SBP

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Olá amigo, isso tem tudo para ser carburação.
Qual o motor?
Vc usa o afogador quando dá a partida?
São José dos Campos segundo o google está entre 550 metros e 690 metros de altitude, com média de 600.
Qual a temperatura média aí? É muito úmido?
Já efetuou alguma leitura da vela?
Como é a aceleração? Constante ou hesita e depois vai bem?
A mistura pode estar bem ajustada para o motor frio, mas não para ele em temperatura ideal de funcionamento..
Vamos tentar identificar se é a mistura e para qual lado (pobre ou rica) ela está..
 

Thiago Mateus

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SBP, Estou usando o de 80cc 2T

Geralmente não preciso usar o afogador
A Temperatura de hoje ficou entre 33° e não sei muito sobre a umidade do ar
Se a leitura da vela era sobre ver se faiscava corretamente ou algo do tipo, isso esta OK
A Aceleração é constante e suave sem nenhuma tripidação ou solavancos (algo que eu senti muito ao andar em um a motorizada de um colega)

A Questão da mistura, poderia ser sobre algo na regulagem da agulha do carburador?
 
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SBP

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Exatamente amigo, a mistura é a relação ar:combustível no "vapor" que vem do carburador, e isso é influenciado por muitos fatores (muitos mesmo).
Chamamos de mistura rica aquela que está com uma relação combustível:ar elevada (digamos que no geral 1gCombustível:13,5gAr ou menos[ar]), e pobre é o inverso (no geral digamos 1:15 em diante, quanto mais ar mais pobre). Os extremos impedem a combustão, ou seja, pode ser tão pouco combustível que não haja queima e isso passe para o escapamento em forma de vapor mesmo (exatamente como veio do carburador), e aí é possível ouvir pipocos característicos, pois quando o combustível chega lá a temperatura é alta e ele queima no escapamento. Também pode ser tanto combustível que a faísca da vela não é capaz de queimar (seria o mesmo que estar andando numa velocidade de cruzeiro ou mais e fechar todo o afogador, restringindo grande parte do ar e enriquecendo muito a mistura: nesse caso dificilmente o veículo continuará funcionando.
Dentre os fatores que mais influenciam a mistura:
*ajuste de agulha se houver (como no seu carburador há, isso pode enriquecer ou empobrecer a mistura)
*ajuste de parafusos se houver (pode estar relacionado à liberar +/- combustível ou ar, depende de como o carburador é construído, normalmente em carburadores 4t esses parafusos influenciam o combustível e não o ar, e em 2t costuma ser o inverso).
*nível da bóia (quanto mais baixo o combustível estiver na cuba, menos será vaporizado, empobrecendo a mistura, e o inverso é verdadeiro, ou seja, combustível mais alto na cuba enriiquece)
*diâmetro e vazão de gicleurs (quanto maiores/mais limpos mais combustível passa e enriquece a mistura, o oposto empobrece, ou seja, menores e/ou obstruídos fornecerão menos combustível, empobrecendo a mistura).
*vazão do filtro de ar (quanto maior essa vazão, mais ar entrará para o carburador e assim empobrece a mistura, portanto será necessário mais combustível para manter a mistura desejada; filtros de ar sujos/obstruídos fornecem menos ar para o carburador, portanto enriquecem a mistura)
*vazão do escapamento (para 2t o legal é usar um escape dimensionado, com uma câmara de expansão que devolve parte da mistura que seria perdida no escape, e assim maior economia de combustível e potência, mas voltanto à influência, de modo geral quanto mais rápido o fluxo dos gases de escape, mais pobre ficará a mistura, pois menos gás sobra da última combustão o que permite maior vácuo e maior entrada de mistura, que se não for ajustada para fornecer mais combustível irá corresponder apenas a uma maior entrada de ar, empobrecendo a mistura)
*uso do afogador (ele restringe a entrada de ar, enriquecendo a mistura)
*humidade do ar (quanto mais úmido menos denso é o ar, pois as moléculas de água são mais leves que as de O2 e N2 que elas "substituem" no ar, portanto com menos oxigênio na mistura menos combustível é necessário)
*temperatura (quanto mais frio mais denso é o ar, mais moléculas de oxigênio sendo captadas num mesmo volume de ar, mais combustível necessário)
*altitude (quanto mais baixa a altitude mais denso é o ar, portanto mesmo raciocínio)
*etanol na gasolina (ok, aqui a questão é complicada pois são inúmeros fatores envolvidos, mas simplificando, para motores à gasolina quanto mais etanol mais "pobre" a mistura, portanto é necessário enriquecer fornecendo mais combustível); atualmente o teor é 27.5% +/-1% (em postos idôneos, pois existem aqueles que vendem "gasolina" com mais de 40% de etanol, esses dias ouvi falar de um sendo fechado pois foi pego com 47%), e lembre-se que esse teor vale para qualquer gasolina do Brasil, exceto de aviação e as preparadas por alguns membros deste fórum! :cool:
*existem muitos outros fatores que devo ter esquecido mas depois quero escrever algo organizado e completo.
Nesse momento estou meio atrasado então depois posso sugerir alguns testes simples para se fazer, antes mesmo de ter que mexer na agulha..
Quando o motor está frio é necessário mistura mais rica do que quando ele está quente em temperatura de funcionamento, portanto o seu caso pode estar relacionado à mistura acredito.
Depois volto com mais tempo, boa sorte!
 
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Thiago Mateus

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Realmente são bastantes fatores. Eu sou bem leigo no assunto, mas apos uma boa pesquisada irei tentar regular corretamente para ver se resolvo o problema. Se conseguir resolver estarei postando aqui.
 

SBP

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Olá Thiago e demais, hoje estou meio cansado mas amanhã te escrevo melhor por onde começar para identificar "de que lado" vc está com a sua mistura (rica/pobre) e se isso é o seu problema, pois pode não ser também..
Boa noite!
 

SBP

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E antes que eu vá, acabo de me lembrar mais um fator que influencia na qualidade da queima da mistura: grau de temperatura da vela.
Isso é polêmico mas, pelo que eu sei, o correto é usar o grau térmico estipulado pelo fabricante e usar os outros recursos disponíveis para adequar a mistura à vela, mas muitas vezes é feito o contrário, a carburação não está adequada àquela vela e a troca do grau térmico "resolve" o problema (obtém melhor queima naquelas condições).. Lembre-se, nunca encontrei consenso à respeito disso, mas me faz mais sentido a primeira opção..
 

SBP

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E pra terminar, em 2t também tem a questão da proporção de óleo usado na gasolina, que também terá influência na queima..
 

Thiago Mateus

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Bom dia, obrigado a todos pela a ajuda. Hoje comprei a vela NGK B5HS e fiz a troca, realmente as minhas suspeitas da vela estão confirmadas. Logo apos a troca, aqueci o motor normalmente e sai para uma volta de testes. Alem de apresentar resultados melhores do que com a vela original do kit, as acelerações involuntarias pararam. Eu ja tinha checado tudo umas 5x e nada de solucionar o problema, chequei o carburador, verifiquei a agulha, limpei o filtro de ar, desmontei o carburador e fiz uma limpeza (o que não era necessario pois o carburador estava bem limpo por dentro), chequei o coletor de admissão, chequei toda a parte eletrica da motorizada e nada, então só restou trocar a vela para ver se resolvia, o que acabou finalizando esse incomodo.
 

Nelson H

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É Isso aí Thiago !! Obrigado por dar o resultado da sua motorizada. Com certeza muitos visitantes e usuários aprenderam com a sua experiência. Mais uma para a minha coleção.
 

Ademberd

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Passei muito por isto quando tinha esta m*** de motor, mas como citei acima vela, beleza que resolveu seu problema, agora uma dica, se estiver usando óleo mineral, procure trocar e usar o semi sintético ou o sintético de boa marca, aí sim terás um motor por um bom tempo sem problemas, abraços.
 

Nelson H

Administrator
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Verifique a entrada de ar proximo da admissão. Se tiver uma entra de ar falsa, pode causar essa aceleracão indevida. Deixe tudo bem vedado.
 
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